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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 25 de abril de 2024
 

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Mensagem: Mulheres nas Letras Manoel Hygino dos Santos - ´Hoje em Dia´ - Aconteceu em setembro, antes que a Primavera entrasse no calendário. Mas se a Primavera vem todos os anos, o mesmo não se dirá do acontecimento, que foi a fundação da Academia Feminina de Letras de Montes Claros, que só pode acontecer uma vez. Márcia Vieira, uma das acadêmicas, descreveu. Quarta-feira. Uma chuva molha o chão anunciando a noite das mulheres num dia especialmente grato, porque Anastasia foi à cidade para inaugurar o casarão restaurado da antiga Fafil, em que estudou Lindenberg. A chuva ia e voltava, fria, como para arrefecer os ânimos. No Automóvel Clube, erguido no local em que funcionou o Instituto Norte-Americano de Educação, deu-se a solenidade, com o contentamento das quarenta acadêmicas, lideradas por D. Yvonne Silveira, um símbolo do dinamismo e da vitalidade da mulher do sertão. Dona Yvone agora é presidente de honra, e sua sucessora é Maria da Glória Mameluque, uma sucessão natural e no mais elevado estilo. Entre as patronas, pessoas de meu melhor bem-querer na infância e na adolescência, do maior respeito e carinho, entre as quais gente da família e minha professora Alice Aquino Netto. Se escolheram formar esse sodalício, é simplesmente porque tinham e têm um projeto coletivo em mente, e um individual. Irão mostrá-lo certamente. São elas, além de Dona Yvonne: Maria Lúcia Becattini Miranda, Milene Antonieta Coutinho Maurício, Amélia Prates Barbosa Souto, Mary Siqueira Lelis, Raquel Souto Chaves, Geralda Magela de Senna A. e Souza, Josefina Emília A. Tupinambá Valle. A jornalista Márcia ocupa a cadeira cuja patrona foi a minha mestra. Mas há Mara Verônica Leite, Maria José C. Rodrigues (Marijó), Maria Prates Antunes, Filomena Alencar Monteiro Prates, Felicidade Maria Patrocínio Oliveira, Cecy Tupinambá Ulhoa, Thaísa Terence Martins, Virginia Abreu de Paula, Railda Botelho Fernandes, Rosalva Souto Barbosa, Ivana Ferrante Rebello e Almeida, Maria Cristina Santos Canela, Evany Cavalcante Brito Calábria, Eunice Loylola Pereira, Karla Celene Campos, Maria da Conceição Melo, Maria da Glória Caxito Mameluque, Miriam Carvalho, M. Ruth das Graças Veloso Pinto, Ângela Vera Tupinambá de Castro, Maria do Carmo Durães, Maria Mercês Paixão Guedes, Jeny da Esperança Canela Perosso e Maria Celestina Almeida. Estou cônscio de que a plêiade fará muito, porque as conheço em grande parte, sua origem, sua competência, sua lucidez, assegurando horizontes para a mulher, que sabe a que venho e para onde vai. O campo das letras é propício ao florescimento da inteligência e sensibilidade feminina. Ivana Ferrante Rabello fez um discurso exemplar, curto e objetivo. Lembrou o passado e ressaltou a nova mulher: ´Menina não entra. As páginas do tempo, reviradas pela curiosidade, revelam que a atividade literária das mulheres foi banida e mutilada. Escrever pertencia à esfera do interdito´. Ivana evoca nomes e fatos sobre mulheres que se envolvera, no difícil campo das letras, no qual encontravam todo tipo de óbices. O tempo se encarregou de, a muito sacrifício, abrir portas e perspectivas. Elogio a Dona Yvonne, ícone e símbolo, e observações: ´Sublimidade e prazer, condições do ato de escrever, foram experiências retiradas de nós como um filho, ao nascer de sua mãe. Assalto terrível da carne de sua carne. Herança de família reservada ao homem, a escritura não entrou no testamento que nos caberia. Tornamo-nos herdeiras, sim, de um lugar de falta. Heranças forçadas, porque recebemos por herança o vazio´. Era uma vez. Os tempos mudaram e essas mulheres irão demonstrá-lo à exaustão.

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