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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 29 de abril de 2024
 

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Mensagem: Manoel Hygino dos Santos A invasão de terras Os homens do interior, os que dele procedem, parecem ter mais noção de propriedade do que os nascidos e formados nos grandes centros populacionais. Entendo que, para construir algo nos cafundós, nas brenhas, distantes dos poderes centrais, eles enfrentam muito mais dificuldades para construir seu patrimônio. Daí, suponho, o valor que estas pessoas dão ao que é seu, à própria cidade ou lugarejo em que viram a luz do dia, acompanhando o sacrifício de seus avós e pais amanho da terra, na formação de pequenos rebanhos, na manutenção de seu transporte, quer um mero cavalo ou mula, ou o carro-de-bois ou a carroça. Tudo é conquistado palmo a palmo, ao preço de muito sacrifício pessoal e da família, sem as bondades que as cidades de maior porte já ostentam ou ostentavam, como energia elétrica, telefone, geladeira, rádio, televisão, computadores, coisas mais recentes. Para se chamar um médico, em caso de doença, tinha-se de andar léguas no cavalo ou na mula, na esperança de que o doutor lhe seguisse o exemplo. Em tempos que se distanciam, afirmava-se que os assassinatos naqueles rincões se davam por questão de ´barra´: barra de saia, barra de ouro e barra de rio, ou seja: quando alguém avançava em terra alheia, de que os rios eram delimitadores. Não se admitia que invasões se dessem nas fazendas para que os invasores delas ou removesse ou destruísse os bens que nela encontrassem. Quem habita as capitais não imagina como é ofensivo esse crime, como agride o proprietário da terra ou os ladrões de algumas cabeças de gado ou uma plantação de milho, feijão e cana. A terra e sua plantação, a criação, são instrumentos indispensáveis ao homem do campo, hoje como no Egito antigo ou na velha Palestina, hoje tão sofrida e belicosa, como antes, pelas mesmas razões. Assim, o que o MST vem fazendo, em vários estados, é uma apropriação indébita e criminosa, em grande parte das vezes. O pior: contando com o apoio de lideranças políticas e com o dinheiro de contribuinte, inclusive daquele que tem a propriedade invadida. Trata-se de operações sistemáticas, contando com organização de mestres em invasões, que atuam consoante programa de ações bem esquematizadas, dispondo de meios suficientes para sucesso. Foi o que aconteceu, por exemplo, em São Paulo, na fazenda Santo Henrique, entre os dias 28 de setembro e 8 de outubro, no limite dos municípios de Iaras e Lençóis Paulistas. Os militantes desse grupo do Movimento, compreendendo cerca de 350 famílias, invadiram a área, em que havia milhares de pés de laranja, e destruíram com tratores o que tinha à frente. Alegavam protestar contra a reforma agrária e decidiram agir por sua conta e risco. Imagine se a moda pega e os cidadãos deste país resolverem solucionar seus problemas e explodir suas esperanças perdidas em protestos desse gênero! Uma operação de pessoas que recebem dinheiro público, isto é, de que cada brasileiro é participante, não o sendo os próprios membros do movimento. Não é segredo. O próprio ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, confirma o repasse de R$ 115 milhões do Governo federal, nos últimos cinco anos, a entidades do campo, que, segundo a oposição, seriam ligadas ao MST. Para o ministro, as transferências de recursos para as entidades rurais objetivam implementar ´Ações e políticas públicas do Governo federal´ por meio de convênios e parcerias. Segundo S. Exa., antes da autorização dos repasses são realizadas análises técnicas e exame jurídico das entidades. Ter-se-ia assim agido com esse grupo? A ação em Iaras/Lençóis Paulistas se insere entre aquelas ´políticas públicas do Governo federal?´ O ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, considera a invasão intolerável, fora da competência de sua pasta, um ´caso de polícia´, ´não deveria existir´. ´Acho que o Governo tem que tomar as medidas necessárias por meio de suas instituições´. E assim fica, mais uma vez. E como vai a sempre anunciada e sempre relegada Reforma Agrária?

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