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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 19 de abril de 2024
 

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Mensagem: João Botelho Neto

Existem pessoas que realizaram muito e pouco são lembradas, e as que fizeram pouco e são muito lembradas, tudo depende do que se costumou chamar de status, definido em geral pelas condições financeiras, pela maior ou menor influência com contexto social.
João Botelho Neto é uma pessoa que fez muito e tem sido pouco lembrado. Ele foi o primeiro ocupante da Cadeira nº 15 da Academia de Letras, Ciências e Artes do São Francisco, que definiu a sua imortalidade terrestre. Foi membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, Cadeira nº 37. Ele foi antes de tudo um idealista. Indo além do pensamento, ele realizou muito dentro do seu conceito subjetivo de vida. Deu um sentido à vida como adepto talvez inconsciente do kantismo, colocando o valor de seu trabalho como o limite da própria razão. Situou a moral de seus atos na aplicação de uma razão prática de vida.
João Botelho nasceu em São Francisco, sendo filho de José Alves Botelho e de dona Emilia Neves Botelho. Técnico Agrícola diplomado pela Escola Média de Florestal, dedicou-se, como meio de vida, a atividades vinculadas à agropecuária.
Político atuante ele foi Vereador às Câmaras Municipais de Brasília de Minas e de São Francisco, mas sempre fez das atividades políticas uma forma de prestação efetiva de serviços às comunidades que serviu.
Ainda como político (a palavra político não cai bem em João Botelho) foi Chefe de Gabinete, em São Francisco, na administração do prefeito Aristomil Mendonça. Foi depois, em tempos alternados e administrações outras, Chefe do Departamento de Instrução, Saúde e Assistência Social, Chefe do Departamento de Obras Públicas, Secretário de Transporte, Secretário de Urbanismo e Meio Ambiente e Recursos Hídricos, mas ele foi, antes de tudo, um pesquisador da história, um ativista ecológico, um preservacionista.
Aposentado e conhecedor de que o meio ambiente em que vivemos afeta a vida, dedicou os anos finais de sua existência terrena em defesa de sua conservação.
Exerceu atividades jornalísticas, atuando na imprensa local onde tratou de temas de cunho social e ambiental.
João Botelho faleceu em São Francisco no dia 1º de novembro de 2007. Com Haroldo Lívio, estive naquela cidade por ocasião de seu sepultamento, representando as duas entidades culturais a que pertenceu. Naquele dia, como escreveu Haroldo Lívio, “O pavilhão brasileiro hasteado a meio pau, na entrada da Câmara dos Vereadores, em São Francisco, confirmava o decreto de luto oficial de dois dias pelo falecimento do ex-vereador João Botelho Neto, notório pesquisador da história local e ecologista consagrado. Merecidamente homenageado pela municipalidade e aplaudido por todas as pessoas que o
estimavam e admiravam, seu nome está imortalizado na galeria dos beneméritos de sua cidade por ter sido guardião do patrimônio histórico e cultural e zelador vigilante da Natureza. Cogita-se de sua indicação para patrono do centro cultural a ser implantado no prédio do antigo Cine Canoas, ora fechado”.
Lembrou Haroldo Lívio que ele “fundou a ONG Preservar, cujo nome diz tudo: preservação dos bens culturais e naturais para manter viva a memória de um povo rico em tradições. Sabe-se que o eminente historiador Brasiliano Braz registrou atos e fatos ocorridos no passado de São Francisco. E que o pesquisador João Botelho Neto batalhou para que a história local não caísse na vala comum do esquecimento coletivo”.

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